Moradores protestam contra descaso com ruas na Vila Julieta

Na tarde desta quinta-feira, Feriado de Corpus Christi, dia 15, ao invés de montarem tapetes temáticos para relembrar a data, um grupo de moradores fechou a Rua Feliciano Sodré, no bairro Vila Julieta, pra protestar contra o descaso sofrido por um conjunto de ruas do bairro onde começaram a ser realizadas obras há quase três anos, mas estas se encontram inacabadas.

O analista de planejamento logístico Rui Paiva, que é neto de uma moradora da Avenida Governador Portela, no mesmo bairro, também contemplada pelas obras, enumera os problemas ainda enfrentados nesses locais. “O principal (problema enfrentado) é a poeira, e as condições que estão as ruas com vários buracos e bueiros sem tampa. Existe também o problema de rachaduras em paredes que são coisas recentes e o esgoto voltando dentro da casa dos moradores. Sem falar no perigo que é passar nessa rua para idosos e crianças”, destaca Paiva.

Nas redes sociais, ele postou que “na Alvorada, foi dia de muito trabalho e a sensação de pessoas se ajudando e se organizando não tem preço”. E aproveita “para pedir desculpas em nome do grupo, aos moradores das proximidades onde o trânsito foi afetado causando transtornos”. E completa. “Chegamos a conclusão que foi necessário o fechamento da rua Feliciano Sodré, com o objetivo de forçar o poder público e nossos vereadores para uma audiência pública com o assunto das obras das ruas Feliciano Sodré e rua São Paulo. Ficamos no aguardo”.

A rua onde ocorreu o protesto foi uma das visitadas pelo jornal BEIRA-RIO nos últimos meses. Além dos problemas relatados por Rui, moradores também chegaram a reclamar da ausência constante dos funcionários que deveriam estar trabalhando nas obras e concluído o serviço antes do fim do Governo Rechuan.

A briga dos moradores perdura desde o ano de 2014, quando a Prefeitura de Resende, na ocasião, iniciou as obras, orçadas em aproximadamente R$ 10 milhões, recurso destinado para pavimentação asfáltica das Ruas Romeu Marques, Avenida Brasília, um trecho da Governador Portela, Feliciano Sodré, General Affonseca e São Paulo, além de trabalho de drenagem pluvial em algumas delas e da construção de uma rodovia na General Affonseca. Pouco tempo depois, elas foram interrompidas e ali se iniciou o calvário dos moradores.

A interrrupção foi provocada por problemas no processo licitatório, que no qual uma das empresas desabilitadas a concorrer contestou a licitação na justiça, na ocasião foi levantada a suspeita de favorecimento de alguma empresa, segundo especialistas, por exigir uma tecnologia muito específica, a tecnologia BIM.

Os vereadores também questionaram as obras feitas pela empresa contratada para prestar o serviço, a Deskgraphic, responsável também por outras obras, há um ano. Quase ao mesmo tempo, alegando problemas, a prefeitura suspendeu o contrato com a empresa e promoveu uma nova licitação para as obras do bairro. Mas os transtornos com as obras parecem estar longe de uma solução: diversas vezes os moradores postam nas redes sociais os problemas enfrentados por eles.

O jornal BEIRA-RIO entrou em contato com a Prefeitura de Resende e aguarda um retorno do governo municipal sobre o assunto.

Fotos: Reprodução do Facebook

 

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