A forma como nos relacionamos

A forma como nos relacionamos conosco e com as pessoas podem apontar para uma vida saudável e satisfatória ou não. Nosso bem-estar necessita de relações saudáveis, mas principalmente de uma existência livre e autêntica. Não é simples de resolver e perceber quando precisamos de ajuda. Por vezes nos tornamos nossos juízes severos e essa rigidez dificulta nossa satisfação e impossibilita a leveza diante da vida.

Para facilitar nosso estar no mundo necessitamos ser compreensivos e generosos com nosso próprio Eu, mas isso por si só não garante uma vida sem problemas, frustrações, conflitos ou preocupações. Muitas vezes é necessário desenvolver recursos internos que funcione como facilitadores.

Quando não somos capazes dessa autonomia, precisamos contar com o auxílio da psicoterapia. O trabalho consiste em promover um mergulho para dentro de si e a busca de conscientizações sobre quem somos, na identificação dos muitos “Eus” que habitam dentro de nós. Isso contribui para uma maior aceitação de quem somos, uma integração de forças que inicialmente podem se apresentar conflitantes.

Procurar um psicólogo que auxilie nessa busca e superação não é coisa de quem é maluco, louco. É para quem ama a vida, tem apreço por si mesmo e um desejo enorme de viver e ser feliz. Maluco é quem não busca a felicidade.

Saúde é bem-estar e bem estar é estar em equilíbrio e harmonia com o que somos. É estar conscientes e nos apropriarmos de nossa construção. Só assim nos veremos lançados ao mundo e responsáveis por nossas escolhas.

Para um melhor entendimento, remeto-me a Fernando Pessoa: “ Navegar é preciso, viver não é preciso”. Viva estão as plantas, os animais. O que é necessário ou mesmo imprescindível para a existência plena é o dar conta de viver, portanto, navegar e não ficar no mundo à deriva, ao sabor dos ventos. Içar velas e traçar os rumos da nossa navegação.

Ângela Alhanati
contato@angelaalhanati.com.br
Livre pensadora exercendo seu direito à reflexão

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