Dia da Mulher, é todo dia. O dia 8 é pra não esquecer disso

Dia da Mulher, é todo dia. O dia 8 é pra não esquecer disso

Nessa Quarta, exatamente na quarta-feira, dia 8 de março, sentou-se quase a minha frente, a Dona Antonia. Ela seria atendida pela colega de trabalho que tem a mesa ao lado da minha. Continuei concentrado nos meus afazeres, na tela do computador.

Mas a conversa foi aos poucos me envolvendo. Puxando. Carla, minha colega, sempre muito atenciosa e consciente do seu papel de servidora pública, era toda informações e atenção, com aquela senhora de aparência forte, gasta pelo tempo.

Gasta pelo tempo e pela vida. Cabelos bem grisalhos, pele morena e curtida de muitos sois. Gasta como um rochedo solapado pelo vento e pelo mar. Mas ainda firme, inquebrantável. Dona Antonia, uma piauiense de 78 anos, onze filhos, todos criados, mais de trinta netos. Uma fortaleza.

Criou os filhos como artesã. Queria saber como continuar legalmente comercializando suas criações de fuxicos, chalés, e tantas outras tralhas paridas pelas mãos e pela cabeça de mente vivaz. Jovem.

“Meus pais e Deus me ensinaram tudo que sei”, respondeu à indagação se havia frequentado algum curso de arte. E completou com um desassombro de que tem uma vida inteira pela frente. “Agora quero realizar meu sonho de fazer um curso de pintura”.

Já com minha atenção totalmente capturada pensei em ‘Os Sertões’ olhando aquela imagem. “O sertanejo é antes de tudo, um forte”. Uma brisa de emoção me percorreu, e eu, desprevenido senti o coração apertar.

Por desses estranhos acasos, que não existem, saltou inadvertidamente do aparelho celular que era futucado por outro colega de trabalho, um tango arrebatador. Por uma Cabeça. Não durou mais que segundos até ser abafado pelo colega dominando a traquitana.

O tango! Como os tangos mexem comigo, não sei explicar. Aquele tango foi a moldura sonora que faltava para que eu mergulhasse de vez naquela momento improvável de revelação. Dona Antonia ali na minha frente era como se gritasse: Ei, olhe! Hoje é o dia Internacional da Mulher! Entendi. E a data, enfim, ganhara seu verdadeiro sentido.

Dia da Mulher. Dia de dona Antonia. Das donas Antonias. Exemplo de encarar a vida e, de entender, o enigma da vida. No zap do grupo de trabalho, outro colega escreveu: “Dia da Mulher não é para dar bombons, é para dar respeito”. Respeito.

TRIPA

* O projeto Luz, Câmara, Ação, organizado pelo Lu Gastão começou nessa quarta-feira o filme A Mulher do Rio com a deslumbrante Sophia Loren. A serie de filmes é em homenagem ao mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher e acontece sempre às 19 horas no plenário da Câmara Municipal de Resende. Quarta, que vem, dia 15, o filmaço é Gilda, com Rita Hayworth. Repito aqui a programação completa:

Dia 15 de março – ‘Gilda’ (1946) – Com Rita Hayworth
Direção: Charles Vidor
Johnny Farrell (Glenn Ford) é promovido a gerente de um famoso clube noturno em Buenos Aires, de propriedade de um amigo seu. Quando Gilda (Rita Hayworth), a mulher de seu amigo, é apresentada a Johnny ele a reconhece, pois tiveram um caso no passado. É quando o antigo amor existente entre os dois é reacendido.
Duração: 110 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Dia 22 de março – ‘Lágrimas Amargas’ (1952) – Com Bette Davis
Direção: Stuart Heilser
Margie (Bette Davis) é uma atriz decadente e que já não é mais convidada a fazer filmes. Viu o seu mundo desabar ao vender todas as suas coisas e ir morar em um apartamento pobre. Começa a beber. Em uma das suas bebedeiras, é presa, e volta aos jornais, desta vez com destaque negativo. É tirada de lá por um ex-empregado, Jim, que paga sua fiança. Ela tem uma filha, Gretchen, que mora com seu ex-marido, por não ter condições de criá-la. Margie tentará a todo custo um retorno triunfal às telas.
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Dia 29 de março – ‘Nunca Fui Santa’ (1956) – Com Marilyn Monroe
Direção: Joshua Logan
Beauregard ‘Bo’ Decker (Don Murray), um jovem cowboy de rodeio, conhece a cantora Cherie (Marilyn Monroe) em Phoenix e fica apaixonado pela bela mulher. Ela tenta fugir para outra cidade, mas ele obriga a jovem a segui-lo em um ônibus para sua casa, em Montana. O cowboy vai fazer de tudo para ficar com Cherie, mas para isso, precisa fazer com que a cantora deixe seu rancho e o homem que pretendia casar.
Duração: 93 minutos
Classificação indicativa: Livre

Dia 05 de abril – ‘Cabaret’ (1972) – Com Liza Minnelli
Direção: Bob Fosse
Berlim no início da década de 30. O nazismo ascendia em velocidade impressionante, mas a grande maioria das pessoas ainda não tinha noção do terrível poder que aquela força política teria num futuro bem próximo. Sally Bowles (Liza Minnelli), uma sonhadora jovem americana que canta no cabaré Kit Kat, se apaixona por Brian Roberts (Michael York), um escritor bissexual. Ambos se envolvem com Maximillian von Heune (Helmut Griem), um nobre alemão. Quando Sally fica grávida Brian a pede em casamento e declara não se importar com a paternidade da criança. Mas o futuro lhes reserva outro destino.
Duração: 126 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

ANIVERSÁRIOS

Dia 5 mudaram de idade os amigos: Gaucho do Taxi, Zenilda Miranda, Evaldo Melo, Eduardo Kraucs, Adriana Coutinho, Artur Vinceprova e Betinha Cardoso. No dia 6 foi a vez de outra turmas legal inaugurar idade nova: Luciano Freitas, Luciano Coelho, Ramiro da Rádio Resende, Julio Vidal e Jose Roberto Costa Junior. No dia 7, o Carlos Henrique Baptista e o Idvan Menezes, um cara muito legal com quem trabalhei em Angra – ficaram mais experientes. No dia 8, o Eduardo Catarino recebeu os ‘parabéns’. No dia 9, comemoraram mais um ano de vida o João Werneck, o Fabrício Thomaz, o Fabrício Souza e o Luciano Alves. E nessa Sexta, dia 10, sopraram velinhas os amigos: Cesar Trote, Roberto Viana, Maria Lícia, Mateus Nunes e Tania Santos. Parabéns e todas as felicidades do mundo a eles.

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