Moradores já pediram providências contra poluição sonora, mas até agora nada!

Há aproximadamente um ano e meio, moradores vizinhos do galpão localizado na Rua Narcisa Amália, 299, no bairro Vila Santa Cecília (Manejo), em Resende, sofrem com o barulho constante de marteladas e de materiais sendo serrados dentro do imóvel, além de outros incômodos. E por mais que denunciem o caso às autoridades, ainda aguardam um retorno sobre as providências a serem tomadas. Apesar do proprietário alegar que é apenas a construção de um galpão para armazenagem de material, a vizinhança tem vídeos gravados da movimentação como se fosse uma serralheria, inclusive com o barulho que tem tirado a tranquilidade dos moradores.

 

serralheria2Um dos vizinhos mais prejudicados é o aposentado Carlos Francisco de Moraes, que mora ao lado do galpão (foto). “O barulho aqui costuma me deixar muito estressado, e como sou hipertenso, já cheguei a ser levado a um posto médico depois que minha pressão subiu. Eles devem usar máscara pra pintar o galpão, mas minha empregada, que é alérgica a cheiro de tinta e não tem como se proteger do cheiro, teve que ir para o hospital”, revela.

O aposentado não é o único que tem reclamado dos transtornos. “Além do barulho, que é insuportável, e do cheiro forte de tinta usado para a pintura da obra que eles dizem estar fazendo, sempre que tenho que limpar a casa, encontro os móveis e o chão cobertos com uma poeira preta e nojenta”, reclama a aposentada Nildete da Cunha Nunes.

De acordo com os vizinhos, a rua tem em sua maioria moradores idosos, alguns deles já doentes, acamados ou afastados do trabalho. Os mesmos contam que ao questionar os responsáveis pelo local, sempre tinham a mesma resposta: está sendo feita uma obra. Mas Nildete questiona a demora na realização da mesma, e acredita que o local esteja sendo utilizado para outra finalidade.

— Agora em janeiro é que deu para ver algum avanço na construção do galpão, pois até o mês passado só dava para ouvir os barulhos (de marteladas e serragem de alumínio) e não parecia ter nada lá dentro sendo feito na obra. Acredito que isso aconteceu depois que denunciamos o caso ano passado no Ministério Público.

Antes do MP, os moradores também já haviam denunciado o caso duas vezes na Fiscalização de Posturas, a primeira em outubro de 2015, quando o órgão informou em documento que estava restrito a “limitar o horário de funcionamento, de acordo com o Código de Posturas, afim de preservar o bem estar da vizinhança, bem como coibir possível perturbação do sossego que pode ser oriunda dos maquinários utilizados para a obra em tela (…)”, uma vez que a Prefeitura de Resende já havia autorizado a obra segundo o documento.

Este ano, com a persistência do barulho, os vizinhos entraram com outro processo no mesmo órgão (Processo 179/2017). Procurado por eles, o jornal BEIRA-RIO esteve no local esta semana para conhecer o galpão, que se encontrava silencioso, vazio e fechado. “Ontem (segunda-feira, dia 23), na parte da tarde os funcionários e o proprietário do galpão estavam retirando alguns objetos de dentro do imóvel”, disse Nildete.

— Tem um pessoal que costuma passar aqui na rua que nos informaram sobre a possibilidade do proprietário terminar a obra e abrir uma serralheria de esquadrias de alumínio no lugar. Se isso acontecer, será um transtorno ainda maior para a gente – conclui Carlos.

O jornal entrou em contato com o empresário Carlos Fontes, um dos proprietários da obra, que negou a intenção de fazer uma serralheria no local. “Volto a dizer mais uma vez para todos que não funcionará nenhuma serralheria no local, apenas um depósito para armazenamento de vidro e alumínio temporários da minha loja, e a obra está legalizada e com alvará”, justifica o proprietário.

O BEIRA-RIO entrou em contato com a Prefeitura de Resende, que até o momento não respondeu aos questionamentos dos vizinhos da obra sobre alvará e a construção no local.

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One thought on “Moradores já pediram providências contra poluição sonora, mas até agora nada!

  1. Ola Beira Rio.

    Aproveitando o assunto de poluição sonora, por favor, faça uma matéria denunciando a invasão de motos barulhentas na nossa cidade. Quem mora no centro (manejo, jardim jalisco, campos eliseos) ou próximo a principais vias da cidade está passando um perrengue a qualquer hora do dia, principalmente de madrugada, onde as motos parecem disputar rachas.

    A ponte miguel couto vira pista de arranca nas madrugadas, e nos horários de pico de transito, as motos costuram os carros, causando muito barulho, além de expor as pessoas a acidentes.

    Acredito que Resende não seja uma cidade tão grande pra haver necessidade de conduzir veículos assim. Os trajetos são curtos por mais distante que sejam os bairros, não há necessidade de correr.

    Sabemos que não nenhuma fiscalização nos horários mortos. Já fiz denuncias contra motociclistas mas parece que a nossa GM não se interessa para esse tipo de fiscalização, só serve pra balizar o transito.

    Muito obrigado por sua atenção

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