Bancários do Sul Fluminense aderem à paralisação nacional

Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense anuncia greve em sua página oficial (Foto: Reprodução)
Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense anuncia greve em sua página oficial (Foto: Reprodução)

Desde a meia-noite desta quarta-feira, dia 6, os bancários do Sul Fluminense aderiram a paralisação das atividades, a exemplo do que vem acontecendo em todo o país. Segundo o Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, a decisão partiu da assembleia extraordinária realizada na última quinta-feira, dia 1º, quando foi avaliada a contraproposta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) à pauta de reivindicações da categoria.

Ainda assim, a categoria, por unanimidade, rejeitou o índice de 6,5% e abono de R$ 3 mil oferecidos pela entidade por avaliar as perdas salariais acumuladas ao longo de 12 meses. Na assembleia, também foi votada a paralisação das atividades por tempo indeterminado, o que determinou a greve.

No encontro, a categoria ainda rechaçou o abono oferecido. “Além do Imposto de Renda incidir sobre o valor, o abono não acresce nas contribuições para os fundos de pensões, prejudicado o valor das aposentadorias. O percentual de 6,5% oferecido pela Federação não repõe sequer a inflação dos últimos meses, projetada em 9,57. Ao contrário representa perda real de 2,8%”, analisou o presidente do Sindicato, Péricles Lameira, o Cabral.

Segundo Cabral, o sindicato abrange 16 municipios, mas a paralisação vem ganhando a adesão de forma gradual na região. “Não temos ainda números oficiais da greve aqui na região, mas as informações que recebemos até o momento são de que a maior adesão até agora vem acontecendo em Volta Redonda. As agências dos bancos privados em quase sua totalidade paralisaram suas atividades por lá, em outras os bancários ainda estão definindo como será a adesão, inclusive nas agências da Caixa e Banco do Brasil. Em Barra Mansa, algumas também já estão aderindo”.

Questionado sobre Resende e outras cidades, o presidente revela que as adesões estão em fase de negociação, respeitando a vontade de cada bancário. “A gente não obriga os bancários a participarem da adesão, não forçamos a barra entre eles, por isso a decisão de aderir acontece aos poucos”, acrescenta.

A paralisação, de acordo com Cabral, não envolve apenas reposições de perdas salariais. “Também a nossa greve leva em conta as questões sociais. Nos preocupamos muito com a segurança nos bancos, que está deixando a desejar, especialmente nos bancos públicos, fora o modelo de contratações e condições de trabalho”, finaliza.

Clique aqui e confira o que a proposta dos bancos representa em perdas salariais no período de um ano para a categoria. E para ler o boletim oficial do Sindicato sobre a paralisação, clique aqui.

FENABAN DEFENDE PROPOSTA
Em nota, a Fenaban defendeu a proposta rejeitada pelos bancários. Para a entidade, ela integra, para a maior parte dos funcionários, aumento da remuneração que supera a inflação. Isso porque envolve, além dos 6,5% de reajuste salarial, um abono de R$ 3 mil reais. Somando ambos, o aumento chega a 15% para algumas faixas salariais.

Além disso, segundo a nota, “a proposta inclui participação nos lucros e aumento no vale alimentação (que passará a R$ 523,48 mensais) e no vale refeição (que alcançará R$ 694,54 mensais). Esses e outros benefícios pagos aos bancários estão entre os mais altos do mercado”.

A entidade também aproveita para orientar os clientes que necessitarem fazer transações bancárias.  Saiba mais sobre os canais de atendimento que podem ser utilizados no período de greve clicando aqui.

Fonte, tabela e boletim: Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense

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