Vereador Tisga pode ser afastado por fraude em aluguel social

O promotor da Tutela Coletiva de Resende, Bruno Rinaldi Botelho pediu na quarta-feira, dia 13, o afastamento do Legislativo, do vereador do PPS, Thiago Vieira Martins da Silva, conhecido como Tisga (foto), assim como indisponibilidade de bens. O Ministério Público investigou e acusa o vereador Tisga de fraude por usar de documentos falsos para conseguir aluguel social para um casal sem-terra da Comunidade Terra Livre, em Resende. Sendo que o dinheiro do aluguel era entregue ao vereador como pagamento pela venda ilegal de terra; o vereador também é investigado, pelo Ministério Público Federal, por grilagem de terra nesta comunidade.

No processo que ingressou na 2º Vara Cível, sob o nº 0007381-60.2016.8.19.0045, o promotor diz que “(…), não se pode ignorar que o Vereador réu agiu em flagrante afronta ao princípio da honestidade (…)” e solicita que o valor recebido do aluguel, cerca de R$ 3 mil, seja devolvido aos cofres públicos por isso pediu a indisponibilidade de bens aproximado a este valor. Em outro trecho do inquérito, o promotor demonstra não ter dúvidas da fraude cometida pelo vereador: “Além disso, a natureza do ato deixa claro que estamos diante de conduta evidente e manifestamente dolosa. Afinal, a fraude em comento se exteriorizou e se aperfeiçoou com a concessão do benefício (aluguel social) e o seu recebimento pelo período de três meses, sendo nítido o induzimento a erro do casal envolvido”.
O vereador atualmente é presidente da Comissão de Ética da Câmara e é conhecido por seus discursos de bravata. Na fundamentação do promotor ele afirma que “(…) o Vereador se aproveitou da ignorância e do desconhecimento de MARIA ALICE e ERNESTO para obter vantagem ilícita sobre eles. Não é, em absoluto, uma conduta que se espera de um membro da Câmara dos Vereadores, que deve ter uma atuação exemplar perante seus concidadãos”.

Fotos: Reprodução do Facebook