Imóveis pequenos valorizam integração e móveis estratégicos

pocket2Conceitos de apartamentos enxutos têm sido revistos com frequência. Hoje, já causa menos estranheza, por exemplo, deparar com imóveis com menos de 40 metros quadrados. E, sem medo, profissionais de arquitetura afirmam que é possível ter espaço para organizar e também decorar nessas áreas.

Planejado para um jovem bancário, o imóvel em um prédio com mais de 70 anos de construção, localizado em Porto Alegre/RS (foto à direita), foi transformado para o uso contemporâneo. Assinado pelas arquitetas Aline Menezes Azevedo e Barbara Haas Rigobello, o projeto alterou toda a rede elétrica e hidráulica e também integrou cozinha e dormitório à sala.

– Como a maior parte dos apartamentos da época, este era totalmente dividido. E pusemos, apenas descascando as paredes, o efeito mais pedido pelo morador, que eram os tijolos aparentes, pois eram maciços. Por ele, seriam todas as paredes assim – conta Aline.

O parquê original foi mantido, ganhando apenas lixamento e um selador para recuperar o viço. Como um rebaixo de gesso não seria o mais alinhado ao conceito do projeto, além dos pontos centrais preexistentes, foram inseridos apenas spots com LEDs em posições periféricas para destacar as paredes.

Além dos tijolos, o concreto também foi trabalhado em nome do estilo de estúdio, como visto no banco contínuo em toda a parede que segue da sala até o quarto. Para as laterais da cozinha, as arquitetas pensaram na pintura fosca preta.

Para conter os gastos, a cozinha traz elementos com visual renovado, como os móveis aéreos com novas portas envelopadas com fórmica.

No armário abaixo da bancada de inox, que o proprietário já tinha, cortinas arrematam a ideia. Na bancada de madeira de demolição, a mesma usada no banheiro, as cadeiras Charles Eames renovam o recanto, assim como a parede de ladrilhos hidráulicos geométricos na área molhada.

A poucpocket3os metros do Gigante da Beira-Rio, o apartamento de um paulista que escolheu o Internacional como time da vida (foto ao lado) não deixa dúvidas sobre a influência estética do futebol na arquitetura de interiores.

Mesmo morando em São Paulo, o proprietário não abriu mão de uma proposta detalhada para o imóvel usado nos finais de semana. Com projeto da arquiteta Andrya Kohlmann, as cores vermelho e branco predominam dos revestimentos aos tecidos, além da marcenaria.

– O que eu cuidei bastante foi deixar o vermelho para uso pontual, como no volume da cabeceira e da sanca e mais algumas prateleiras. No restante investi bastante no branco – afirma Andrya.

Para que o tom alvo pudesse se destacar, sem apenas uma base neutra em materiais como o porcelanato do piso e o tecido de linho dos estofados, a arquiteta pensou em adicionar um certo “movimento”. Com isso, elegeu pastilhas de mármore carrara – ora em efeito 3D, como na churrasqueira, ora com efeito liso, a exemplo da parede de fundo da cozinha.

Com pouco espaço para armário, foram os cantos, também chamados de dentes, que serviram de norte para mobiliário, como na cozinha, com o volume em melamina branca, onde geladeiras e fornos também foram acomodados em nichos. Para a bancada das cadeiras Charles Eames, o granito escolhido foi o itaúnas.

Fotos: Marcelo Donadussi e Andrya Kohlmann/Divulgação

Fonte: Zero Hora

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