Resendense dada como morta busca solução há dois meses

A professora Maria de Fátima Teodoro dos Santos, de 22 anos, está há dois meses tentando provar que está viva. Ela descobriu que, devido a um erro do Cartório do 1 º Ofício de Resende, seu nome foi incluído no sistema de óbitos e com isso ela ficou impedida, por exemplo, de utilizar o Sistema Único de Saúde (SUS).

– Isso já tem quase quatro anos e nesse tempo todo não constou nada. Usamos vários serviços públicos, até para fazer financiamento pela Caixa e não constou nada – comentou o marido da professora, o motorista Cláudio Teodoro.

A descoberta aconteceu na unidade de saúde do bairro Primavera, quando a professora tentou marcar uma consulta.

– Ela já tinha o cartão do SUS e veio marcar consulta. Entrei logo com o número do cartão do SUS, vi, falei para ela “você está em óbito” e falei para ela correr atrás. Tentamos ajudar e falaram  que tínhamos que ligar para o Ministério da Saúde, para a Central de Cartões, e mandar ofício para o site dele e via Correios com todos os documentos dela. Mas precisamos que ela regularize a situação primeiro. Do jeito que está ela não vai conseguir marcar nada pelo sistema, então não fizemos a marcação da consulta dela ainda – relatou a auxiliar administrativo da unidade, Rosilene Teicheira, a Rosi, que teve o nome registrado com “ch” devido a um “erro do cartório também”.

Isso porque, segundo informações recebidas pela própria Maria de Fátima, seu problema aconteceu quando ela foi registrar a morte do pai, em 2012 O cartório fez a certidão a registrando como declarante, mas na hora de incluir a informação no sistema ela acabou entrando como a falecida.

– Quando descobri o problema fui lá no cartório e me disseram que eu fosse na defensoria para abrir um processo de retificação de óbito com um advogado. Disseram que era para eu resolver. Me surpreendi porque no ano passado cheguei a usar o SUS, mas parece que teve uma atualização neste ano e aí é que descobrimos o acontecido – lembrou a professora que, assim como no SUS, também conta como falecida no INSS.

Depois de o caso vir à tona, nesta semana, o cartório reconheceu o erro em outro veículo de comunicação e informou que ajudaria Maria de Fátima Teodoro dos Santos a resolver o problema. O responsável pelo cartório, senhor Cristian, foi procurado em duas ocasiões pelo jornal BEIRA-RIO, mas através de outros funcionários declarou estar ocupado para atender. O jornal vai continuar acompanhando o caso.

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