Encerrada distribuição de senhas para vacina em Resende

A distribuição de senhas para o agendamento da vacina contra o vírus da gripe H1N1 em Resende já foi encerrada na manhã desta terça-feira, dia 24. A informação foi divulgada pela coordenadora do Programa de Imunização de Resende, Dalva Regina Lomeu de Almeida, e pela responsável técnica do posto do estado, Maria Regina de Paula.

– A gente deu senha e agora continuamos marcando a vacinação para amanhã, mas só para quem recebeu a senha. Estávamos fazendo para portadores de doença crônica e profissionais de saúde, mas já acabaram-se as senhas. Também estamos marcando para crianças de até cinco anos, porque as que nunca haviam se vacinado contra a gripe precisam de uma segunda dose da vacina, mas lembramos que a campanha já acabou no dia 20 – explicou Dalva de Almeida.

Mais cedo, um portador de doença crônica e uma profissional de saúde haviam procurado a redação do jornal BEIRA-RIO relatando problemas para conseguirem marcar a vacinação. O homem relatou que tentou marcar no posto do Manejo, mas foi encaminhado para o posto do estado.

– Fui ao posto do Manejo ontem e falaram que moro no São Caetano e por isso tinha que vir aqui. Aí quando cheguei falaram que tinha terminado o agendamento. Uma senhora que estava na fila disse que haviam chegado 1.500 doses, mas cadê? No início da campanha, no Paraíso, vi pessoas de 16,17 anos tomando vacina sem aparentar nenhum problema de saúde e eu sou hipertenso e faço tratamento de coluna – relatou o homem.

Já a profissional de saúde, que mora no bairro Campos Elíseos, reclamou da falta de informação e da rispidez com que foi tratada.

– Vim ontem às 16h e falaram que já tinha terminado o agendamento, mas que eu podia voltar hoje e quem nem precisava vir tão cedo. Quando cheguei não tinha mais, falaram que eram só 100 senhas e não me deram previsão para agendamento. Falta informação. A guarda municipal é que falou que não tinha mais, mas não veio ninguém do posto avisar que não tinha vacina. Podiam cadastrar o grupo, avisar que falta vacina e ligar quando ela chegar. Deveriam acolher e são ríspidos, falar de uma maneira educada por mais que não tenha vacina – avaliou a profissional de saúde.

A responsável técnica do posto questionou a fala de que um funcionário possa ter pedido à profissional para não chegar cedo.

– Tem gente aqui desde às 5h, acho pouco provável não falar para chegar cedo. A pessoa que fica no agendamento é super educada e ainda assim teve o carro depredado com um prego, até chorou. O pessoal está tentando evitar tumulto, então acho pouco provável que ela tenha dado essa orientação ou sido ríspida – opinou Maria Regina de Paula.

Ela reforçou que a campanha já acabou e divulgou os números até a sexta-feira, dia 20.

– Era para termos vacinado 25.817 pessoas e até sexta-feira havíamos vacinado 21.213. Foram imunizados 74,21% das crianças, 73,23% dos profissionais de saúde, 70,64% das gestantes, 86,94% das puérperas e 90,71% dos idosos. Vacinamos mais de 100% dos portadores de doenças crônicas, pois eram esperados 4.444 e vacinamos 4.600. Provavelmente vacinamos pessoas que não tinham problemas, mas pelo pânico conseguiram atestados e não podíamos questionar as prescrições médicas, por isso abrimos para esse grupo mesmo ultrapassando a meta – acrescentou a responsável técnica.

As duas foram questionadas sobre a possibilidade de os postos usarem seus próprios levantamentos sobre pacientes crônicos e convocarem essas pessoas para serem vacinadas, evitando que faltassem vacinas para quem precisa, mas esclareceram que as regras do Ministério da Saúde não permitem esse controle.

– Não tem como convocar algumas pessoas porque, por determinação do Ministério da Saúde, vacina é porta aberta, por isso é que precisa de indicação clínica. O Ministério não permite distinção – concluiu Regina de Paula.