Um tradicional restaurante de comida caseira do bairro Saudade, em Barra Mansa, se mantém fiel com a mesma clientela há mais de 30 anos. Mesmo que há 7 anos, após a morte de seu antigo proprietário, a viúva e os filhos decidissem por mudar de ares e transferir o estabelecimento, que ficava em frente ao Colégio Municipal Washington Luiz e a Igreja de Santo Antônio, para a Rua Manoel Rabelo (que termina nos limites do Parque Municipal do bairro). “Mesmo com uma infraestrutura mais simples, nossa clientela sempre foi a mesma aqui no bairro”, explica uma das herdeiras do negócio, a gerente operacional Dolores Webber de Carvalho, conhecida por Lola.
Segundo ela, boa parte da clientela durante a semana é formada por profissionais liberais, entre eles juízes e advogados (o bairro é sede da Primeira Vara do Trabalho local), médicos e empresários. “Nos finais de semana, são mais as famílias (pais e filhos) que frequentam o nosso ambiente”, acrescenta.
O restaurante – atualmente com o nome de Família Batata – nasceu com o nome de Bar do Batata no final da década de 1970, aberto no bairro pelo casal Paulo Roberto de Carvalho, que era conhecido como Batata, e sua mulher, Lilian Webber de Carvalho. “A família do meu pai já tinha uma tradição forte no comércio local, meus avós eram donos de uma pensão que existia há mais de 60 anos aqui em Saudade, próximo à Siderúrgica Barra Mansa (que já não existe mais)”, relembra Lola.
Batata e Lilian se conheceram em Joaçaba, em Santa Catarina, terra natal da mãe de Lola. “Na ocasião, meu pai viajava muito a trabalho (Batata prestava serviços a uma empresa de energia elétrica) e um dia foi para o Sul. Foi lá que conheceu minha mãe, e depois eles se casaram e ela veio para Barra Mansa”.
O casal teve quatro filhos, sendo que três deles trabalham no restaurante (incluindo Lola). com a morte de Batata, há 12 anos, Lilian e os filhos estão à frente do negócio deixado por ele. A mãe e os outros dois filhos trabalham se revezando entre da cozinha e o atendimento aos clientes. Nos últimos meses, apesar da crise e do valor cobrado pela comida, a gerente revela que o movimento não foi muito afetado.
Diferente das antigas instalações, que lembravam mais um bar, o espaço inaugurado há 7 anos tem maior familiaridade com restaurantes mais sofisticados, em especial com a decoração do local, que tem um jardim de inverno em seu meio, com espaço para as crianças. Próximo às mesas, as paredes reúne quadros do artista plástico local Clécio Penedo, títulos de cidadão barramansense ao casal e lembranças das viagens por onde a família passou.
O restaurante trabalha com comida caseira e churrasco (serviço de buffet), e funciona todos os dias, das 11 às 15 horas, na Rua Manoel Rabelo, 90, no bairro Saudade.
Fui e não gostei, não recomendo a ninguém.