Fórum sobre História da Saúde Mental em Resende abre Semana de Luta Antimanicomial

forum1Relembrar a história da saúde mental de Resende foi a escolha da Secretaria Municipal de Saúde para abrir a Semana de Luta Antimanicomial na cidade, na manhã desta segunda-feira, dia 16, no Espaço Z. Através de fotos e relatos, o fórum está previsto para durar a manhã toda.

– Tentamos reunir pessoas com mais tempo na Saúde Mental de Resende e vamos encerrar este momento com a apresentação da banda Mentalize. São muitas pessoas atendidas, embora não tenhamos como dizer quantos porque tem os que ficam direto, os que vem e saem – disse o oficineiro de música e marcenaria Suzano Pereira Cangussu.

Ele explicou que estas pessoas são atendidas através do Capsi (Centro de Atenção Psicossocial para Infância e Adolescência), CapsAD (Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e outras Drogas), Caps2 Casa Aberta, leito de saúde mental para pacientes em crise, Consultório na Rua e ambulatório de saúde mental.

– Cada Caps tem oficinas diferentes, mas em alguns deles oferecemos marcenaria, outros música, jornal, saúde, higiene e beleza, artes – enumerou.

Ele lembrou que a semana de luta antimanicomial serve para relembrar a lei 10.216/01, a lei da reforma psiquiátrica, que orientou para que o tratamento de doentes mentais deixasse de ser feito em manicômios.

– O assunto foi levantado em Barbacena (MG), que ficou conhecido como holocausto brasileiro por se parecer com um campo de extermínio devido à forma como as pessoas eram tratadas. Então começou a luta para acabar com estes hospitais e a intenção é tratar a pessoa vivendo em sociedade e com a família. As oficinas buscam possibilitar esse convívio em sociedade – explicou.

A programação continua da semana continua até o dia 18. Na terça-feira, dia 17, às 9h, o projeto musical Villa Lobos, com a banda Mentalize e os usuários do Caps tocando Villa Lobos, se apresenta no Anfiteatro do Parque Tobogã. No dia 18, às 9h, haverá apresentação musical e de trabalhos artísticos dos usuários do Caps no Campos Elíseos, e às 18h eles participam de um baile no clube AABB. Para o coordenador do Caps Casa Aberta, Leonardo da Silva, o maior entrave à vida em sociedade dos usuários é o preconceito.

– Ainda há muitos desafios, mas não é pela questão dos programas e serviços. É necessário desmistificar a questão do paciente com transtorno mental, porque ainda tem muito preconceito – lamentou.

Você pode gostar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O limite de tempo está esgotado. Recarregue CAPTCHA.