Morando em uma casa sem paredes

loft2Um espaço prático, dinâmico e moderno. Assim é o cantinho da blogueira Gabriela Pugliesi, um loft de 100 m² na zona sul de São Paulo. O apê ficou com esse visual após passar por uma grande reforma, comandada pelo arquiteto Diego Revollo. Todas as paredes foram eliminadas – isso mesmo, todas, até a do banheiro! – e os ambientes ganharam um ar industrial com muito cimento queimado e tubulação à mostra.

Integração foi a palavra-chave para a transformação deste apê. No andar superior é onde mais se nota essa característica. “As intervenções estruturais começaram pela remoção de todas as paredes que dividiam os espaços no mezanino, unindo quarto, closet e banheiro (foto acima)”, conta Diego. O pavimento inferior também foi completamente unificado, com living, sala de jantar e cozinha juntos (abaixo à direita).

loft1Os tons preto e cinza predominam no apê inteiro. O mezanino, por exemplo, tem tanto o piso quanto as paredes revestidos com cimento queimado. Já o andar inferior tem assoalho de demolição ebanizado no piso e paredes com tijolos aparentes revestidos com cimento queimado. Um dos poucos toques de cor neste apê está no bufê amarelo, que chama atenção embaixo da escada. Anote a dica do arquiteto: “A utilização de um mesmo revestimento forma uma caixa, o que proporciona maior unidade ao espaço”.

A iluminação principal tem luminárias presas diretamente na laje. No banheiro foi necessário criar um forro de gesso para a passagem da tubulação do chuveiro de teto, o que viabilizou a instalação da iluminação embutida. “Os spots quadrados e sem abas foram escolhidos para que ficasse aparente somente o cimento queimado que reveste o forro. Essa iluminação foi projeta para focar dois pontos da bancada, um para o chuveiro e outro geral. Todos com lâmpadas dicroicas”, diz Revollo.

loft3ESTILO LOFT DE SER E MORAR
Conceitualmente, o nome se refere a mezanino, sótão, espaços sem repartições, situado logo abaixo do teto de uma casa, fábrica ou galpão. Hoje em dia, não mais. Tendência em diversos projetos, a expressão se faz presente cada vez mais na moradia ideal dos solteiros e casais. Seu uso na arquitetura pode ser encontrado desde o século VIII, na expressão hayloft, que é um depósito de feno em celeiros.

O Conceito de loft urbano foi consagrado mundialmente, com a repercussão dos grandes espaços industriais de Nova Iorque, convertidos para uso residencial mostrados em filmes de Hollywood. Mas o nascimento dos primeiros, foi na década de 50, na frança, com o arquiteto Le corbusier. As tubulações aparentes também chamam a atenção nesse estilo. Essas construções amplas, com pé-direito alto e vãos livres, atraíram, nos anos 60, artistas plásticos, que as utilizavam como morada e lugar de trabalho. Ateliê, quarto, sala, banheiro e cozinha se confundiam em um mesmo salão.

Por isso que essa linha pode ser uma solução quando se pode derrubar as paredes, em apartamentos pequenos. Pessoas solteiras e jovens casais sem filhos são o principal público desse tipo de empreendimento.

Fotos: Divulgação

Fontes: Casa e Jardim/Folha Vitória 

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