Jardim do Sol: protesto na Câmara

solOs moradores do bairro Jardim do Sol realizaram um protesto pacífico na Câmara Municipal de Resende, durante a sessão ordinária realizada na noite desta terça-feira, dia 5. Eles levaram uma faixa e uma carta aos vereadores, pedindo para o documento ser lido, em que questionam a atuação do Legislativo em defesa do bairro e à aprovação por parte deles do percentual de remanejamento de 40% no Orçamento municipal. A principal reivindicação dos moradores é a paralisação da obra de drenagem e pavimentação da Avenida Jeferson Geraldo Bruno, na entrada do bairro. A presidente em exercício da Casa, vereadora Soraia Balieiro (PSB), se comprometeu a enviar documento ao Executivo pedindo uma reunião entre o prefeito e os moradores do bairro.

Após a leitura da carta, a vereadora Soraia Balieiro defendeu o percentual de remanejamento de 40% no Orçamento justificando que ele ajudaria a facilitar as ações do Executivo, caso este “considere importante o asfaltamento do bairro”. Já os vereadores Irâni Ângelo (PRP) e José Olímpio (PCdoB) se apressaram em declarar que foram contra o remanejamento de 40%, durante a votação do Orçamento, e que haviam votado por um remanejamento de apenas 10%. No entanto, outros vereadores criticaram a demora das obras e a performance do Executivo, como o vereador Sílvio da Fonseca, o Tivo (PP), que tem uma chácara no bairro Jardim do Sol.

– Quando vocês falam que é uma vergonha, é mesmo. Uma vez consegui 200 quilos de escória da CSN para colocar na entrada do bairro e a prefeitura falou que não podia buscar porque o frete era caro. Passo no bairro todo dia de cabeça baixa, porque vereador não faz obra, só indica. Agora deu problema porque a Dilma não paga, não foi pago nem R$ 200 mil. Vale o manifesto, realmente se não melhorar não mereço o voto de vocês, não vou ao bairro pedir – disse o vereador Tivo, sem saber que, na verdade, o Governo Federal já repassou R$ 370 mil para o município fazer a obra.

O vereador Valdir Dias, o Macarrão (PRB), criticou a empresa Deskgraphic, responsável pela obra de pavimentação na entrada do bairro.

– Essa empresa não tem competência para fazer a obra, tanto que terceirizou o serviço. Tem que pedir para a prefeitura para essa empresa não participar mais das obras do município, porque se tivesse competência não atrasaria o cronograma das obras e o desenvolvimento do município. Tenho certeza da incapacidade dessa empresa – declarou o vereador Macarrão sobre a empresa que atualmente é responsável também pela obra de pavimentação da Vila Julieta e a do canal da Cidade Alegria.

Já o vereador Irâni Ângelo acredita que o descaso com o Jardim do Sol se deva ao baixo número de moradores do local.

– A prefeitura está fazendo a obra do calçadão da Alegria, que está sendo destruída, no valor de R$ 3 milhões. Vocês não devem ter 700 eleitores, mas a Alegria define uma eleição, por isso eles acabam tendo prioridade. O que vocês têm que pensar é quando o vereador, prefeito e até deputado vão caminhar no seu bairro pedindo voto, vocês não devem é ouvir balelinha de prefeito – avaliou o vereador Irâni.

O vereador Pedro Paulo Florenzano (PP) falou que o que os vereadores podem fazer é analisar o contrato, porque se há atraso na obra há quebra contratutal, e verificar se há uma punição para isso e se está prevista no documento. Um morador, de nome Ezequiel, chegou a questionar se os vereadores iriam fazer essa análise, mas a presidente Soraia Balieiro explicou que em um primeiro momento eles buscariam a reunião com o prefeito.

– O objetivo da reunião é verificar todo o acontecido, se depois vocês entenderem que o Executivo deve ir para a comunidade explicar sobre a obra para todo mundo, é uma decisão de vocês – concluiu.

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