Até o dia 17 de setembro, mesmo tendo vários problemas de saúde, como artrose, obesidade e algumas sequelas de AVC, o aposentado Manoel Medeiros, de 69 anos, ainda conseguia ter autonomia para fazer as tarefas cotidianas, como tomar banho, se alimentar sozinho e até caminhar, apesar de toda a dificuldade (anda com bengala, muleta ou andador) que impossibilita a entrada dele nos coletivos e o obriga a sair de casa, de carro ou de ambulância.
Mas o descaso do Poder Público e o despreparo de um profissional apenas responsável por transportar os pacientes aos hospitais e policlínicas podem ter mudado radicalmente a rotina desse aposentado. “O meu pai já estava com os movimentos das pernas comprometidos por causa dos problemas de saúde dele, e agora com esse acidente pode nem andar mais”, lamenta a filha de Manoel, a auxiliar de serviços gerais Simone Tamiozzo Medeiros.
O aposentado, segundo a filha, já tinha muita dificuldade para subir escada e no dia do acidente não teve a ajuda adequada do motorista para subir os degraus da ambulância da Prefeitura de Resende que o levaria para uma consulta médica na Policlínica da Cidade Alegria. “Na hora, a ambulância dispunha apenas de uma maca e de um motorista, que não ajudou meu pai a entrar dentro dela. Como ele é obeso (tem 1,70 m e pesa 125 kg), a escada não aguentou o peso dele, virou e ele caiu, machucando o ombro direito e o joelho direito”.
Foto de capa: Arquivo de Família
Saiba mais sobre o caso nas páginas do jornal BEIRA-RIO.
Esse sistema de ambulâncias de Resende é mesmo uma vergonha. Dispõem de um motorista que acredito que muitas vezes mal sabem ler um termômetro e só. Sem o menor preparo e muitas vezes agem com o maior descaso. E já é assim faz muuuuuuito tempo. Mas enfim. Pois, enquanto os políticos, levarem seus parentes de helicóptero para tratarem fora de Resende, isso continuará assim.