O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense classificou nesta quarta-feira, dia 1º, como descaso a postura da CSN em relação às negociações para o acordo coletivo de 2015/16. Até agora, o órgão sindical teve apenas duas reuniões com representantes da empresa. A primeira foi para apresentar a pauta de reivindicação dos trabalhadores e, na segunda, a Companhia alegou uma profunda crise econômica – não apresentando nenhuma contraproposta para iniciar as negociações.
O último encontro ocorreu no início do mês passado. Diante disso, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Silvio Campos (foto), afirmou que, caso a empresa não apresente uma proposta até a próxima semana, a instituição sindical pode parar as entradas da Usina Presidente Vargas (UPV).
“O sindicato já enviou vários ofícios à CSN, a nossa diretoria conversou por telefone e tentei todas as formas para continuar as negociações para o acordo coletivo. Porém, há um mês a empresa não sinaliza que quer dialogar. O sindicato está à disposição para sentar e negociar 24 horas por dia. Não fugimos de nossa luta. Mas a CSN se nega, alegando crise econômica e problemas internos”, diz Campos, que continuou: “Sabemos, porém, que têm companheiros que não concordam com as paralisações, mas é o único jeito que temos para forçar a empresa a negociar”.
Campos afirmou que não adianta a CSN vir com a proposta de aumento zero, sem a reposição do INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) – que fechou em 8,7% no período dos últimos 12 meses. “Sabemos da crise, no entanto, o trabalhador está fazendo o seu papel. As bobinas não param de sair da linha final. Portanto, todo o processo siderúrgico está sendo cumprindo com técnica e qualidade. Ninguém sabe produzir aço como nós, trabalhadores da CSN. A empresa tem um dos melhores técnicos do mundo, formado pela Escola Técnica Pandiá Calógeras (ETPC) e Senai”, finalizou o sindicalista.
Fonte: Assessoria de Comunicação
Fotos: Assessoria de Comunicação e andradetalis.wordpress.com