Região perde mais de 200 vagas para internação de dependentes químicos

A região Sul Fluminense, principalmente a microrregião das Agulhas Negras, perdeu 245 vagas para internação de dependentes químicos nos últimos três anos. A contagem foi feita pelo diretor-executivo da ONG Evoluir, Roberto da Silva Santos (foto). A entidade cuida de dependentes em fase de recuperação e reinserção, mas utilizava outros espaços para a internação de dependentes que iniciavam o tratamento em situação grave. Nos últimos anos, contudo, as opções foram diminuindo.

— As pessoas nos procuram e analisamos cada caso, mas a maior parte delas não consegue deixar as drogas sozinha e tem que ir para a internação no início do tratamento. Só que nos últimos anos as comunidades que fazem esse tipo de tratamento foram acabando. Tinha 80 vagas em uma comunidade próximo a Floriano, que era do Governo do Estado, e a comunidade fechou; 60 vagas em uma comunidade de Bulhões que fechou; 25 em Itatiaia em uma casa só para homens e outras 20 para mulheres; mais 10 em outra casa de Itatiaia para mulheres; 40 em Falcão; 10 em Arapeí. São problemas relacionados a dificuldades de gestão, falta de documentação. Então são 245 vagas a menos. Precisamos gerar vagas no interior, não sei como ou fazer – lamentou Santos.

Ele explicou que a Evoluir costuma trabalhar com casos graves de dependência química, por isso sempre encaminhava os pacientes a estas casas de internação, que eram todas públicas. Entretanto, devido à falta de leitos disponíveis – há apenas em Barra Mansa, mas são poucos – alguns dependentes químicos estão sendo encaminhados a São Paulo e regiões distantes do Rio de Janeiro, o que pode atrapalhar algumas etapas do tratamento.

Saiba mais sobre as dificuldades da Evoluir no jornal  BEIRA-RIO.

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