Obra do MPF pode ameaçar estrutura de palacete

Patrimônio histórico do município, com imóvel tombado no Centro Histórico de Resende, pode ter sua estrutura ameaçada pelo uso de um bate-estaca, numa obra da nova sede do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF/RJ), na rua Cônego Bulcão, próxima à Praça do Centenário, no Centro. A empresa responsável pela obra, DITA Construções e Infraestrutura, já iniciou o trabalho com a máquina que chegou essa semana. O uso deste tipo de equipamento é questionado pelos historiadores e urbanistas que têm a preservação arquitetônica e histórica da cidade como um valor imaterial. Em várias cidades, legislações municipais já proíbem ou restringem seu uso, pelos danos que causa aos imóveis vizinhos, assim como pelo barulho acima do permitido.

Esta não é a primeira vez, em Resende, que uma construção é realizada, com ameaça, próxima a imóveis tombados. No começo de 2012, outro episódio também mobilizou a comunidade do centro histórico: na ocasião, a obra – de um prédio residencial de quatro andares ao lado da Igreja do Rosário, que ainda mantém de pé paredes de pau-a-pique – foi aprovada pelo Conselho Municipal de Cultura de Resende (Comcultura) em reunião realizada no final de janeiro daquele ano, com a Curadoria do Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico do Município. O órgão entendeu que o projeto técnico não fere a legislação municipal no que diz respeito a patrimônio dos bens históricos. E não fez qualquer restrição, mas com a mobilização, a obra não adotou o bate-estacas e fez sua estruturas com módulos tipo sapata.

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