Bombeiros alertam para o perigo de fogos

Como a prefeitura de Resende não organizou nenhum evento para comemorar a chegada de 2015, alguns grupos se ofereceram para realizar ao menos a queima de fogos próximo à Ponte Velha, no Centro de Resende. Os bombeiros, no entanto, não receberam nenhuma solicitação de autorização para queimas de fogos e ainda alertaram para os perigos que um evento deste porte realizado sem orientação pode causar.

“Até o momento, não consta nos registros nenhuma solicitação de autorização para queima de fogos no local indicado.  A corporação alerta para os altos riscos de acidentes em queimas de fogos não autorizadas.  A queima de fogos deve ser autorizada pelo CBMERJ para que ocorra com segurança. As normas referentes a fogos de artifício que balizam as ações do Corpo de Bombeiros são: O Código de Segurança contra Incêndio e Pânico (COSCIP) e a Lei 5.390 de 2009, que tratam sobre a segurança contra incêndio e pânico das edificações e dos locais de queima de fogos”, explicou, em nota, a assessoria de comunicação dos bombeiros.

O 1º tenente Anderson Silva Magalhães, chefe da seção de serviços técnicos do Corpo de Bombeiros de Resende, lembrou que para garantir a segurança dos eventos vários documentos precisam ser levantados pela equipe de organização.

— Para realizar uma queima de fogos tem que ter autorização dos bombeiros e segurança píblica. Tem que reunir uma série de documentos, até engenheiro entra na relação, preenche-los, levar o layout do local em que vai ser feita a queima de fogos, demonstrando a distância das pessoas, entregar tudo aos bombeiros e se estiver de acordo a gente vai autorizar – detalhou o 1º tenente Magalhães.

Entre as exigências para o local da queima estão ambulâncias, extintores de incêndio e até mesmo um responsável da empresa de fogos de artifício credenciado pelos bombeiros. A proporção de extintores e ambulâncias depende da quantidade de fogos e a distância a partir da qual eles devem ser utilizados do grupo que assiste à queima também pode variar. O tenente salientou que os fogos são tão perigosos, que até mesmo ao utilizá-los em casa é necessário tomar certas precauções, que começam durante a compra.

— É interessante ao comprar observar se estão sendo vendidos em comércio aprovado pelos bombeiros e se tem alvará da Prefeitura colado na parede, em um quadro visível. A pessoa deve observar e até perguntar pelo documento e se não tiver é melhor não comprar os fogos no local. Os fogos para soltar em casa têm polegadas diferentes dos utilizados em eventos de grande porte, então outra questão é observar as polegadas. E o principal é o distanciamento mínimo de 60 metros de qualquer público – frisou.

O chefe da seção de serviços técnicos também mencionou as instruções para os fogueteiros, os responsáveis por operar os fogos.

— É interessante a pessoa quando for soltar ler bem o rótulo, porque quando você compra recebe instruções na embalagem sobre como manusear e de que maneira ter mais segurança – acrescentou.

No caso dos eventos de grande porte, quando as orientações não são respeitadas e quando sequer há autorização, as consequências podem ser graves e já fogem da alçada dos bombeiros: “Aí já não é com a corporação, porque o responsável pode responder até criminalmente”, alertou.

 

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