Os bombeiros passaram toda a tarde do dia 28 tentando controlar o incêndio que atingiu um galpão de madeira supostamente abandonado, no bairro Barbosa Lima, em Resende. O local foi completamente destruído. A Defesa Civil ficou no local monitorando os trabalhos e enviou uma retroescavadeira para ajudar. Não houve pessoas feridas. As causas do incêndio ainda serão investigadas.
O comandante de socorro dos bombeiros, tenente José França, explicou que assim que recebeu a ligação sobre o incêndio uma equipe com dez homens se deslocou para o local junto com um carro de salvamento, um de combate a incêndios e uma ambulância. O fogo estava alto, mas ele considerou o incêndio como sendo de médio porte. Embora não houvesse feridos, eles não descartava a possibilidade de algum corpo ser encontrado até o final da operação.
– A princípio não tem ninguém ferido, nem os oficiais, eles estão apenas cansados. Mas pode ser que exista algum corpo embaixo. Quando chegamos começamos o trabalho com o objetivo de não propagar as chamas para os prédios vizinhos. Depois que conseguimos essa contenção, passamos a conter as chamas, mas ainda não podemos afirmar como as chamas começaram e nem em que ponto do galpão. A PM já esteve no local e assim que terminarmos o rescaldo passaremos a área para a perícia efetuar seus trabalhos – explicou o comandante de salvamento.
Além de madeira, havia muitas ferragens e peças de carro no local, incluindo estofados, pneus e latarias. Além do carro dos bombeiros e da retroescavadeira da Defesa Civil, empresas e prédios próximos ajudaram cedendo cerca de 8 mil litros de água para apagar o incêndio. O diretor da Defesa Civil de Resende, Atanagildo Oliveira Oliveira, acompanhou os trabalhos e antecipou que o muro ao lado do galpão será interditado.
– Aquele muro absorveu todo o calor, então assim que os bombeiros terminarem o trabalho vamos interditá-lo e sugerir aos moradores do prédio que o derrubem e façam um muro novo – explicou.
Como a perícia não foi concluída, ainda não se sabe se o incêndio foi criminoso ou acidental, mas populares afirmam não terem visto ninguém próximo ao local antes de as labaredas começarem. O dono do terreno, um empresário de Volta redonda que mora em Resende, ainda não havia aparecido ao local nesta tarde. Segundo alguns vizinhos o local estava abandonado e costumava ser usado por moradores de rua. Outros, no entanto, relataram movimentação noturna e chegaram a sugerir que o galpão estivesse sendo utilizado como desmanche de veículos.
No dia seguinte, Carlos Pimentel se apresentou como dono do terreno e afirmou que o local não estava abandonado, mas que era usado por ele para guardar carros inutilizados por sua locadora de veículos.
– Tenho uma locadora de veículos e deixava lá alguns carros inutilizados pela empresa até que regularizasse a situação deles e pudesse vendê-los, não era um desmanche de carros, mas um depósito de carros. Mas soube mesmo que estavam entrando e pegando partes de carros, haviam roubado um motor – disse Pimentel, que afirmou não ter seguro e “nem nada” dos carros e nem do galpão. Ele ainda não havia contabilizado o prejuízo, mas já sabia que havia perdido os sete carros que guardava no local.