Rechuan realiza coletiva para falar sobre liminar

O prefeito de Resende, José Rechuan Junior (PP), realizou uma coletiva de imprensa em seu gabinete para falar sobre a liminar que permite que ele e seu vice, Noel de Oliveira, se mantenham no Executivo até que o processo de cassação contra os dois seja julgado em última instância. A liminar foi concedida pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, no início da noite deste domingo, dia 17.

– Ele reconheceu a necessidade de continuarmos trabalhando até que seja julgado o mérito. Na primeira instância vencemos sem o menor problema, no segundo momento não concordamos, mas respeitamos a decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro). E seguimos confiantes, recorremos e a decisão desta liminar nos motiva a ter certeza da vitória na terceira e última instância – detalhou o prefeito, que concedeu a coletiva sem a presença do vice, também réu no processo de cassação.

Ele não acredita que o fato de estar governando sob liminar possa trazer problemas para o município, e afirmou que vê o processo como um problema semelhante ao que as pessoas têm em casa.

– Estamos certos de que não houve nada anormal durante a campanha. Problema qualquer trabalhador também tem e o trabalhador de uma fábrica não deixa de produzir porque tem problema em casa ou com a justiça, ou porque não sabe se vai ser demitido ou não. Estamos mais aliviados e vamos seguir confiantes. Agora o TRE deve mandar para o TSE para julgar o mérito. É uma decisão que a gente respeita, mas não concorda – declarou.

Ele não soube avaliar porque as decisões do TRE-RJ podem ter sido diferentes nas duas instâncias, quando as autorias do processo foram modificadas,  e justificou sua inocência dizendo que “há mais jornais que criticam seu governo do que os que o elogiam”.

A respeito do profissional de comunicação que trabalhou na campanha de Rechuan e em um dos jornais mencionados no processo, o prefeito negou que essa situação tenha sido abordada no processo.

– Nem foi levantado isso no problema, foi derrubado em primeira instância, mas não há nenhum problema eleitoral nisso. O jornalista trabalha onde ele quiser – resumiu.

O processo foi movido inicialmente pela coligação adversária à de Rechuan, mas o responsável pela coligação, Noel de Carvalho (PMDB), desistiu do processo no início deste ano. Avaliando os autos, contudo, o Ministério Público Eleitoral assumiu a causa, dando continuidade ao processo. Questionado novamente sobre a ligação destas situações com os resultados das duas instâncias iniciais de suas defesas, o prefeito apenas mostrou otimismo quanto ao julgamento final do processo.

– Não posso dizer porque foram decisões diferentes, na segunda instância foi até uma surpresa para mim. Tivemos um contratempo no segundo turno, respeitamos, mas não concordamos. Estamos aguardando a terceira instância, a tendência é positiva – desconversou Rechuan.

 

 

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