Um almoço típico com vinhos, massas e música ao vivo fechou com chave de ouro a Festa da Cultura Italiana de Porto Real, na tarde do dia 8. Realizada há 15 anos, a festa busca manter as tradições européias na primeira colônia italiana do Brasil, que fica na região das Agulhas Negras.
— Não há italianos aqui, mas são mais ou menos 1.500 descendentes e é por isso que buscamos resgatar e preservar a cultura italiana. Nesse ano a grande novidade é que a festa foi estendida um dia a mais, foi de quinta a domingo. É sempre um momento positivo em que as pessoas se reúnem para conversar, ficar alegres e saborear a culinária italiana – comentou o presidente da associação Vittorio Emanuele II, Humberto Ettori Neto, e um dos organizadores da festa.
Além das barraquinhas de comidas e doces típicos da italiana e artesanato, o almoço contou com duas variedades de massa e vinho tipicamente italianos, além de música ao vivo e muita alegria. A prefeita de Porto Real, Maria Aparecida da Silva (PDT), fez questão de prestigiar a festa.
— É muito importante porque é tradicional. Precisamos continuar valorizando as raízes de Porto Real que são os italianos e dentro desses 15 anos que possam ter felicidade e paz. Quando vieram tiveram muitas perdas, sofreram muito, mas hoje só têm motivos para comemorar – avaliou a prefeita durante o almoço.
O morador de Porto Real Luis Di Fazio, que é descendente de italianos, compreende a importância da festa e por isso participa dela anualmente, chegando a levar amigos de outras cidades, como neste ano. No entanto, não a vê como suficiente para a preservação da cultura italiana no local.
— A festa da colônia italiana é um marco por se tratar da primeira colônia italiana no Brasil. Mas acredito que ainda falta um pouco de apoio do Poder Público, como a fundamental manifestação da cultura, que é o aprendizado da língua – opinou.
