Cartas e E-mails

Minha cara colega Ana Lúcia,
Acabo de ler a carta que o ex-vereador Alceu escreveu para seu Jornal, na qual ele faz críticas ao Prefeito Dr. Rechuan, acusando-o de se esquecer e abandonar os amigos de primeira hora.
Não tenho o menor interesse de entrar nessa discussão entre o Alceu e o Rechuan. No entanto, me sinto na obrigação de fazer alguns esclarecimentos sobre quem iniciou o processo de negociação para uma ampla coligação a fim de eleger um prefeito que tivesse postura diferente daquelas que até então eram donas da verdade, foi um pequeno grupo de PT e o PDT, mais especificamente, o dr. Elias Drable, o Carlos Henrique Reeve, o vereador Roque, e pelo PT Paulo César(Cézinha do PT), eu e outros membros.
Como o PDT estava utilizando a sede do PSB para reunião do Partido, o PSB passou a fazer parte do grupo, assim como outros partidos, inclusive o PSDB. Somente depois de não conseguir negociar com o Prefeito Silvio de Carvalho, a sua possível candidatura a Vice do Sílvio, o Rechuan, representado inicialmente pelo Cial, passou a fazer parte do grupo, o que aconteceu apenas poucos meses antes da eleição.
Para não ser acusado de ser ingrato com aqueles que estiveram juntos, realmente, na primeira hora, você poderia ouvir o Dr. Elias, o Reeve e outros, a fim de confirmar o que de fato houve nesse processo. Talvez o ex-vereador e membro de família respeitada nesta cidade (sem qualquer dúvida), esteja experimentando um pouco daquilo que ele utilizou junto com outros para entregar ao Rechuan o que nós tínhamos construído através de um longo processo.
Esta carta tem como objetivo apenas esclarecer a verdade dos fatos, não tendo qualquer outra conotação.
Saudações
Professor João Alberto Stagi

FAZENDO GRAÇA COM O DINHEIRO ALHEIO
É isso que está fazendo o prefeito de Resende com o projeto de lei de sua autoria que eleva o quadro de servidores da prefeitura para cerca de 7.000 servidores. Hoje, a prefeitura de Resende já tem cerca de 5.000 servidores, sendo aproximadamente 1.500 de “cargos de confiança” (CC), ou seja, cabos eleitorais. Vale uma ressalva: existem cargos de confiança que trabalham, e muito. Mas no geral os CC são contratados para aumentar a tropa de choque do prefeito. Quantas das grandes corporações multinacionais instaladas na nossa região têm 7.000 funcionários? Por que não recrutar cargos de confiança entre os servidores concursados? Até que existem concursados entre esses servidores, mas muito abaixo do que poderia.
O Comitê Pela Transparência e Controle Social de Resende já encaminhou ao Ministério Público denuncia sobre a total falta de transparência do quadro funcional da prefeitura. Dados sobre servidores, dispostos no “portal da transparência”, estão incompletos propositalmente para impedir que se façam pesquisas sobre os mesmos. Só estão lá os nomes e os cargos dos servidores, e mais nada. Não sabemos quanto ganham, onde eles estão lotados, o endereço do local de trabalho, o que fazem, como são avaliados, a quem estão subordinados, nada que qualquer cadastro de pessoal de pequena e média empresas não contenha.
Já ingressamos com mandado de segurança para garantir que você, cidadão, caso queira, possa saber onde e como está sendo gasto o seu dinheiro que está indo para o pagamento de despesas da prefeitura. Nosso próximo passo será solicitar ao Ministério Público que submeta a prefeitura a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) onde ela seja obrigada a divulgar as informações solicitadas por nós, do Comitê Pela Transparência, de acordo com o que estabelece a Lei de Acesso a Informação. Esta lei (Lei Federal 12.527/11) é mais poderosa do que mil batalhões de “black-bloc” nas ruas, desde de que você, pacato cidadão, queira.
Quando iniciamos o movimento SOS LAGOA DA TURFEIRA fomos ridicularizados. “Isso vai dar em nada”, “não adianta brigar contra o poder”, “bando de malucos”, “isso é coisa da oposição”, entre outras mais agressivas. E o resultado está aí: a montadora foi obrigada a reparar o dano; o governador do estado sendo obrigado assinar o termo de ajustamento de conduta juntamente com o órgão ambiental e o órgão de política industrial do estado do Rio, e todos ainda sujeitos às ações penais e administrativas previstas na nossa legislação ambiental.
Com relação à postura do prefeito de Resende em continuar não acatando a Lei de Acesso a Informação, o que caracteriza crime de improbridade administrativa, não temos qualquer dúvida de que o desfecho será idêntico ao do caso Lagoa da Turfeira. Como dizia minha saudosa avó: se não for por amor, vai ser pela dor.
Eliel de Assis Queiroz
Presidente do Comitê Pela Transparência e Controle Social de Resende