Acredite se Quiser

– O vereador Davi de Jesus (Solidariedade) fez um desabafo na sessão da Câmara Municipal do dia 10 reclamando do secretário municipal de Trabalho e Renda, Kiko Besouchet. Ele afirmou que desde que foi eleito vem lutando pelas obras de reforma da quadra do bairro Cabral, onde mora, sem sucesso. E quando enfim a obra saiu, Besouchet, que havia sido eleito para a Câmara pelo PP, mas se licenciou para assumir a Secretaria, acabou saindo como o responsável pela obra. A informação teria sido divulgada por um jornal diário da região.

– “Já aconteceu comigo, com o Caloca e com o Tivo. Essa quadra é o meu sonho, o Kiko pediu em outro mandato, em 2009, e está explorando isso”, lamentou Davi. O colega de partido de Davi, Francisco Stênio, relembrou uma indicação de Tivo (Solidariedade) em que o secretário também era mencionado como padrinho e em que, na inauguração, ele chegou a distribuir jornais como autor da indicação.

– Tivo reforçou as críticas dizendo que, embora tenha “um respeito danado pelo secretário”, acredita que os vereadores precisam marcar uma reunião com ele para evitar que isso aconteça novamente.

– O presidente da Casa, vereador Bira Ritton (PP), afirmou que a mesa diretora enviará um ofício à publicação questionando se a matéria que descreve Kiko Besouchet como o pai da obra foi paga ou não e, caso tenha sido, quem pagou por ela. Iiiiiii!

– Na mesma sessão, o vereador Barra Mansa (Solidariedade) acabou motivando um puxão de orelha na Secretaria de Obras de Resende. É que ele fez um requerimento verbal à prefeitura para que a Ponte Nilo Peçanha, conhecida como Ponte Velha, fosse pintada, já que na quarta-feira seguinte, dia 16, ela comemoraria 109 anos e merecia esse cuidado no mês de seu aniversário. Ao parabenizar o colega pelo requerimento, que foi aprovado por unanimidade por todos, o vereador Romério (PMDB) lembrou que essa indicação nem deveria estar acontecendo, já que a manutenção da ponte deveria fazer parte do cotidiano da Secretaria de Obras.

– Depois de tanta confusão os vereadores decidiram descansar. É que eles anteciparam o feriadão em um dia e começaram o recesso já na quinta-feira, dia 17.

– Na inauguração da Nissan, no dia 15, o que não faltou foi espaço para campanha política. Enquanto o governador (e pré-candidato a governador) Pezão (PMDB) falava dos investimentos que ele e Cabral (que pode se candidatar ao Senado pelo mesmo PMDB) conseguiram angariar para o Rio de Janeiro, cujo Orçamento teria saltado de R$ 33 bi para R$ 84 bi desde que a dupla passou a administrar o governo. Em Resende a propaganda foi bem mais sutil. O prefeito Rechuan (PP) apenas subiu ao palco de autoridades com a primeira dama Ana Paula Rechuan (pré-candidata a deputada estadual pelo PMDB).

– Enquanto os “cabeções” faziam campanha, os vereadores faziam social. Soraia Balieiro (PSB) tietou a ex-jogadora de basquete Hortênsia e Tisga (PPS) o nadador Clodoaldo Silva.

– Falando em fábricas, o Sindicato dos Metalúrgicos está anunciando que não vai participar da Festa do Trabalhador de Resende neste ano. Na edição de 2013 da festa, eles doaram um carro para que fosse sorteado entre os metalúrgicos e neste ano teriam alegado oficialmente que não têm dinheiro para participar da festa. O que se comenta, no entanto, é que tudo não passa de uma rixa política. Eles teriam declinado de participar da festa porque o vereador Mirim (Solidariedade), que já fez parte da diretoria da atual equipe do sindicato, se candidatou à eleição do grupo por uma outra chapa apoiada pelo prefeito Rechuan.

– Um detalhe curioso: quem ganhou a tal eleição da discórdia foi a chapa encabeçada por Silvio Campos, mas quem posou como presidente do Sindicato (ainda) foi Renato Soares, que oficialmente agora é apenas o vice.

– Ele, aliás, afirmou desconhecer os boatos de que a montadora Peugeot, teria demitido dois terços dos funcionários da empresa e estaria de malas prontas para ir para Pernambuco. Renato afirmou que os boatos não devem ter fundamento porque a empresa é competitiva em Resende e Porto Real e que os problemas que a empresa tem são a ausência de um veículo a ser oferecido para o segmento popular. “O que eles têm que resolver é um problema interno deles, de administração”, desconversou Renato.

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