Desde a segunda semana de janeiro, estudantes que precisam fazer pela primeira vez ou trocar o cartão devido à mudança de turno escolar estão enfrentando sol, calor e filas gigantescas para fazer o cadastro do passe escolar oferecido pela Viação São Miguel. A equipe do jornal BEIRA-RIO visitou a sede da Casa da Amizade, no Centro de Resende, na sexta-feira, dia 30, e constatou que a maioria dos pais e estudantes esperavam para ser atendidos no local desde as primeiras horas da manhã.
A dona de casa Néia Francisco conta que chegou às 8 horas para cadastrar a filha de 16 anos. “A previsão que me deram era de que minha filha seria atendida por volta das 13 horas. O problema é que ela precisa ir para outro curso aqui perto”, explica a mãe, que foi chamada para atendimento em uma pequena sala por volta das 12h30.
Ela também relata que chegou a procurar o guichê da empresa, que fica na Rua Pintor Nunes de Paula, próximo ao campo do Resende FC, e foi informada que o cadastro ainda não havia começado. “Compareci há três semanas no guichê, e aí nos disseram que ainda não estavam fazendo os novos cartões de passe escolar”.
No local de atendimento, uma pequena sala, estão trabalhando cerca de sete funcionários, que atendem em média 40 estudantes por vez, mediante distribuição de senha, para realizar o cadastro dos dados solicitados e para fazer a fotografia do cartão. O restante fica do lado de fora aguardando a vez para ser chamado, inclusive alguns estudantes esperavam do lado de fora da Casa da Amizade. Ainda de acordo com os pais, no período da manhã a fila se estendia até o INSS.
Na tarde desta terça-feira, dia 4, a equipe do Jornal BEIRA-RIO voltou ao local e constatou que a fila para atendimento continua. De acordo com a empresa, o cadastramento é necessário por causa da instalação do novo sistema de cobrança. Os estudantes terão até o dia 28 de fevereiro para fazê-lo. Após este período será a vez de usuários comuns, de empresa e da prefeitura fazer o cadastramento.
Deve ser por ter passado muito tempo em pé na fila que eles ficaram cansados e por isso ocupam as cadeiras destinadas a portadores de deficiências, gestantes e idosos e quando pessoas nessas condições entram no coletivo, alguns estudantes ocupantes desses bancos olham para o lado, para o teto e fazem cara de paisagem, para não ceder o lugar. Não sei o critério utilizado mas é comum ver estudantes que pegam o ônibus em um quarteirão para descer em outro, onde fica a escola. Os estudantes também deveriam ser encaminhados para escolas próximas ao seu local de residência, otimizando assim, as vagas no ensino e nos coletivos.